Dizem que pra você estar pronta para um casamento, vive a
dois, você deve ter cuidado de uma planta em um ano e no seguinte, um cachorro.
Caso nenhum morra você está apto para se casar. O curioso disso tudo é que
tenho medo de não conseguir cuidar dessa planta, tenho medo de alegrá-la,
passar horas conversando, tocar músicas, das mais alegres a aquelas que inquietam
o espírito. De rir atoa só para despertar sensações boas, de olhar tudo com
bons olhos, olhando-a de forma saudável e bela. Tenho medo de olhar tudo isso e
esquecer o fundamental, se regá-la, para que a vida dentro dela se fortifique,
e ai não haverá apenas raízes, folhas, galhos, mas sim uma planta cheia de vida
e cores. Tenho um medo de me preocupar tanto de coisas externas de esquecer o
essencial da sua água. Hoje eu sou essa planta, cercada de atrativos, cercada
de coisas que me constituem alguém que possui todos os indícios que o mundo
prega para ser forte, mas ainda tenho medo, pois não sinto que tenho o
fundamental. Estou cada vez mais me afastando dele e isso me trás um desespero
constante, medo de passar e eu nunca ter aquela paz que tanto ouvi falar. Tenho
medo Pai, de me aproximar de tudo que me fascina momentaneamente e me afastar
da coisa que mais amo no mundo, você. Não quero que minha vida não tenha espaço
pra você ou que você seja secundário a ela, sei exatamente de todas as
maravilhas que você já operou e ainda opera em mim e porque não largar tudo e
estar com você? Pai, eu te quero, te preciso, eu te amo muito e nunca te
abandonarei. É uma promessa.
J.
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