sábado, 8 de setembro de 2012

Carta de amor


É interessante como você insiste em se esquivar de mim e tudo que se relaciona a mim. Qual é o tamanho da sua ferida? Qual é a imensidão do seu medo de amar.  Perguntando-me o quanto você já sofreu nessas idas e vindas do amor, e o quanto seu coração já se endureceu. Seja pelas palavras não ditas, um “desculpa”, “perdão”, ou simplesmente um “eu te amo” que seja válido e de coração. Amor mesmo, só o da sua mãe, pelo menos era assim que costumava ser. Agora você recita versos e poesias, faz declarações de amor em público e quando na verdade vejo um coração vazio. Que medo é esse de tentar? De gostar de algo que você já evita por mais de sete anos e ao mesmo tempo não consegue se desvincular. As coisas do coração não precisam ser compreendidas, apenas sentidas e é perceptível o quanto isso se faz presente entre nós. Meus olhos já se encheram de lagrimas da mais pura felicidade em saber que eu gosto de você. Sim, eu GOSTO de você. Da forma que você fala comigo, da forma que tenta se esconder de mim, de não se revelar quem de fato é, de não querer um contato tão forte, a forma que sente ciúmes de mim, ou que me quer só pra você, a forma como me deseja e como rimos juntos, a forma que você pode ser quem você realmente é comigo - de uma naturalidade, que no final te preocupa-, a forma que eu sei que sou especial para você. Não quero juras de amor, nem promessas sem compromissos. Não te prometo felicidade, não te prometo momentos sem lagrimas, não te prometo nada que foge ao meu controle. Te prometo que quando estiver ao meu lado será feliz, alegre, não verá o tempo passar e ira desejar que as horas retornem, um riso constante, e terá uma lembrança linda, de alguém que um dia te amou muito.  Sei que beijos não são contratos, mas quero essa experiência com você, que seja por um dia, por dois, ou alguns minutos. Você sempre foi e vai ser especial para mim. Confirmo que essa não é mais uma carta de amor “são pensamento soltos traduzidos em palavras para que você possa entender o que eu também não entendo”.

J.